Uso do cimento no Brasil: entenda!
O mercado brasileiro de cimento é muito diverso. Os consumidores variam — tendo finais (construtoras e órgãos públicos), industriais e revendedores como alguns dos exemplos. O que você talvez não saiba é que o uso do cimento no Brasil é diferente do observado em muitos dos países de infraestrutura mais desenvolvida no mundo — e uma coisa está diretamente relacionada à outra.
Mas quais são essas diferenças? Como é dividido, hoje, o uso do cimento no Brasil? O que pode (e deve) mudar em nosso setor? Para responder essas perguntas, nós consultamos as pesquisas realizadas pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
Anualmente, o SNIC revela como foi o perfil da distribuição do consumo de cimento Portland ao redor do Brasil. Os dados considerados para este texto dizem respeito ao ano de 2020. Para acompanhar dados atuais sobre o uso do cimento no Brasil e descobrir insights sobre o assunto, é só continuar a leitura abaixo!
O que os números dizem sobre o uso do cimento no Brasil?
No total, o Brasil consumiu mais de 60 milhões de toneladas de cimento em 2020. Quando dividimos este consumo por regiões, a líder, com praticamente o dobro do segundo colocado, foi a região Sudeste, com 26 milhões. Em seguida, tivemos, respectivamente, Nordeste, Sul, Centro Oeste e Norte. Você pode ver melhor as informações na imagem abaixo, retirada do próprio site do SNIC:
No entanto, não é exatamente isso que chama a atenção. Afinal, o consumo está dentro da média, assim como a divisão por regiões. O ponto que se destaca é a distribuição para os revendedores. No total, 32 milhões de toneladas foram direcionadas para eles — o que representa mais da metade do total.
Na prática, isso significa que muitos construtores, principalmente para obras de pequeno porte ou reformas, ainda adquirem cimento com revendedores, o que indica que a maioria das obras realizadas no Brasil em 2020 tiveram o concreto produzido no próprio canteiro.
Há diferenças no resto do mundo?
Sim! E é exatamente esta a diferença que citamos na introdução. Em vários países com uma infraestrutura mais desenvolvida que a nossa, a maioria do cimento é direcionado para os consumidores industriais — e não para os revendedores, como acontece por aqui.
As indústrias, então, fazem o concreto dosado em central, e somente após isso ele é levado para o canteiro de obras. A diferença? Com a dosagem em central, o que se obtém é uma produção mais precisa, com características essenciais para aumentar a qualidade do concreto.
Além disso, outras vantagens incluem maior agilidade e produtividade no canteiro de obras e redução no número de trabalhadores in loco.
Por que nós deveríamos seguir a tendência?
O concreto dosado em central, também chamado de concreto usinado, tem características que o fazem ser superior ao concreto produzido no canteiro de obras — graças ao fato de ser produzido por especialistas, com maior controle do processo produtivo e dos materiais empregados e seguindo as especificações definidas em norma para cada tipo de concreto.
O resultado disso é uma obra de maior qualidade — e não é à toa que outros países já optam por este modelo de trabalho. Para que nossas obras sigam pelo mesmo caminho, é fundamental que se mude a cultura do consumo do cimento no Brasil.
E você, já sabia que os revendedores representam mais da metade da distribuição de cimento em nosso país? O que achou do texto? Caso tenha gostado dessas informações e queira continuar recebendo conteúdo, é só seguir a Tecnomor no Facebook e no Instagram!