A evolução dos aditivos para concreto
A história da construção civil e da produção de concreto está repleta de inovações que transformaram a maneira como construímos e utilizamos este material. Uma dessas inovações cruciais é a introdução e evolução dos aditivos.
Mesmo sendo um material dinâmico e altamente utilizado, o concreto também pode apresentar certos problemas de uso, como a baixa trabalhabilidade, a retração e fissuração, entre outros. Para superar esses desafios, os aditivos para concreto surgiram como uma solução eficaz e econômica.
Junto com o cimento, água e agregados, os aditivos são considerados como um dos principais componentes do concreto.
Continue acompanhando este artigo da equipe Tecnomor e descubra como, ao longo dos séculos, os aditivos vêm evoluindo com a nossa história!
O que são os aditivos para concreto?
Resumidamente, os aditivos para concreto são substâncias químicas que, adicionadas ao concreto em pequenas quantidades, modificam suas propriedades físicas, químicas ou mecânicas, melhorando seu desempenho em diferentes aplicações e facilitando seu uso em estruturas, formas ou até mesmo climas em que ele não teria um bom resultado.
O desenvolvimento dos aditivos para concreto
Quase tão antigos quanto o próprio cimento feito pelo homem, os aditivos para concreto tiveram sua origem em uma necessidade de melhorar e modificar o desempenho material.
No início da história da construção, o concreto era formado por misturas simples como cascalho, areia grossa, cal quente e água. Embora eficaz em muitos casos, o concreto carecia de flexibilidade e adaptabilidade para atender a diferentes necessidades de construção.
O uso inicial conhecido de aditivos remonta as civilizações romana e inca, que adicionavam materiais orgânicos, como sangue animal, clara de ovo, banha e leite, à mistura de concreto para melhorar a trabalhabilidade e a resistência.
No Brasil, ao contrário do que dizem as lendas referentes ao óleo de baleia, os únicos itens que vinham das praias para a formação do nosso concreto era a cal, extraída das ostras, que servia como aglutinante para a massa. O material era extraído, principalmente, de praias do nordeste e dos famosos sambaquis localizados no sul e sudeste do país.
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Evolução dos aditivos
Com o constante uso do material, e a evolução das ciências por todo o mundo, o desenvolvimento dos aditivos para concreto também foi constante, podendo ser dividido em várias fases significativas.
Aditivos Iniciais: Os primeiros aditivos para concreto eram principalmente materiais naturais, como pozzolanas (cinzas vulcânicas) e argilas calcinadas. Eles eram usados para melhorar a resistência e a durabilidade do material final.
Aditivos químicos de primeira geração: Com a invenção do Cimento Portland, que foi patenteado em 1824 por Joseph Aspdin, se iniciou o desenvolvimento de aditivos químicos mais sofisticados, com os primeiros materiais utilizados como redutores de água sendo derivados de lignina ou lignosulfonados denominados primeira geração.
Aditivos de segunda geração: O século XX também foi marcante para a evolução dos aditivos de concreto com o desenvolvimento dos chamados “aditivos de segunda geração”.
Baseados em naftalenos sulfonados e melaminas sulfonadas, que começaram a ser largamente utilizados nos anos 70, estes aditivos apresentaram avanços nos quesitos de coesão e trabalhabilidade.
A partir da década de 70 e 80 os aditivos poliméricos, como os superplastificantes revolucionaram a indústria. Eles ofereceram melhor desempenho em termos de trabalhabilidade e resistência, reduzindo a água necessária na mistura. Esse tipo de aditivo foi trazido para o Brasil a partir dos anos 80 para a execução de grandes obras como as de contenção de encostas no Parque da Catacumba, no Rio de Janeiro, onde foi executado o bombeamento de concreto, por mais de 100 metros de altura.
Ainda na década de 80, os aditivos de alta fluidez foram ainda mais desenvolvidos, tornando possíveis grandes projetos como o Eurotúnel e Canal da Mancha, com mais de dois quilômetros de tubulação.
Terceira geração e o futuro dos aditivos: No final do século 20 e início do 21, foram introduzidos aditivos como os superplastificantes, compensadores de retração e modificadores de viscosidade, chamados de aditivos de terceira geração.
Com o desenvolvimento e aplicação de poliéteres carboxilatos, os quais são moléculas desenvolvidas especialmente para interagir com aglomerantes em meio aquoso, estes compostos estão evoluindo de acordo com a necessidade do mercado, que exige, em muitos casos, um concreto de alto desempenho para bombeamentos cada vez mais altos e distantes.
Principais tipos de aditivos na atualidade
Os aditivos podem ser classificados em diferentes tipos, de acordo com sua função principal.
Aditivos para concreto seco
Os aditivos indicados para o concreto “farofa” são compostos químicos com propriedades surfactantes, ou seja, agentes geradores de espuma que formam microbolhas de ar quando entra em contato com água e cimento. Essas microbolhas de ar vão atuar como um redutor de atrito, facilitando a prensagem e melhorando o adensamento da peça.
Por isso, quando o aditivo correto é utilizado na sua produção de blocos, pavers e tubos de concreto irá apresentar os seguintes resultados:
✔️ Peças mais resistentes;
✔️ Melhor acabamento;
✔️ Mais produtividade;
✔️ Menos desgaste do equipamento;
✔️ Economia de cimento.
Atualmente é indicado aditivos ultra concentrados, pois eles apresentam melhor performance.
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Aditivos redutores de água
Estes compostos podem reduzir a quantidade de água da mistura, o que resulta em um aumento significativo na resistência do material. Além disso, eles também podem ser usados mantendo a mesma quantidade de água na mistura, o que garante uma maior fluidez, facilitando a aplicação e reduzindo o risco de segregação.
Aditivos retardadores
No entanto, eles se destacam ao estender o período de tempo necessário para que o concreto inicie o processo de pega.
Esse tipo de aditivo é particularmente recomendado em cenários de altas temperaturas e quando existe uma considerável distância entre o ponto de dosagem e o local de aplicação do concreto.
Aditivos aceleradores de pega
O Acelerador de Pega é um tipo de aditivo desenvolvido para reduzir o tempo para o início do processo de pega do concreto. Essa categoria de aditivos é frequentemente empregada em condições mais frias, especialmente quando a temperatura é inferior a 15ºC.
Em temperaturas mais baixas, o cimento tende a apresentar um retardo no desenvolvimento de resistência nas fases iniciais de cura, devido à limitada liberação de calor de hidratação do cimento, que é fundamental para o endurecimento do material.
O Acelerador de Pega encontra aplicações em diversos contextos, incluindo na fabricação de elementos pré-moldados, na produção de concretos destinados a pisos, na aceleração do processo de desmoldagem para possibilitar a reutilização de moldes, e em projetos que exigem uma rápida liberação das estruturas.
Por que os Aditivos para Concreto são importantes
Atualmente, os aditivos são indispensáveis para a indústria de concreto e engenharia civil, pois permitem a obtenção de misturas com propriedades adequadas às diversas aplicações e exigências.
Além disso, os aditivos também contribuem para a sustentabilidade da construção civil, pois possibilitam a redução do consumo de água, cimento e energia, a utilização de materiais reciclados
Tecnomor na evolução dos aditivos para concreto
Desde 2003 trabalhando no desenvolvimento e melhoria de soluções em aditivos para concreto e desmoldantes para a indústria, a Tecnomor evoluiu para trazer séries de produtos como as linhas: Liquiplast, Tecnos e Oleomix.
Focados não só no desempenho, mas também na sustentabilidade, e de uma produtividade aliada ao menor impacto ambiental.
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