Concreto flexível e resistente a terremotos? Conheça!
A necessidade de criar novos materiais cada vez mais resistentes e versáteis para a construção civil é um dos principais motores de cientistas que atuam na área. Na maioria dos casos, o desafio é conquistar concretos altamente resistentes sem que eles percam outras características fundamentais. Neste cenário, o concreto flexível aparece como tema de muitas pesquisas ao redor do mundo.
Foi o caso de um estudo realizado por cientistas da Universidade de Tecnologia Swinburne, em Melbourne, na Austrália. Por lá, eles foram capazes de criar um método mais acessível para desenvolver um concreto flexível e resistente a terremotos.
Isso porque a produção de concreto flexível e resistente a terremotos já existe desde meados da década de 1990. No entanto, sua fabricação é muito cara. Com o novo método, isso pode mudar em poucos anos — o que tem tudo para provocar uma grande revolução construtiva em países que sofrem com terremotos constantes.
Na sequência deste texto, a Tecnomor traz um pouco de contexto, explicando que é concreto flexível, e, por fim, conta mais sobre a invenção que promete fazer o este tipo de concreto ser mais comum em construções mundo afora.
Boa leitura!
O que é concreto flexível?
Concreto flexível é um tipo de concreto cujo interior é composto também por fibras sintéticas. Com elas, o concreto não se quebra em pedaços separados nem cria fissuras quando passa por situações extremas (como um terremoto). Ao invés disso, ele sofre várias pequenas fraturas, com o diâmetro menor que o de um fio de cabelo. Com isso, a estrutura não é tão prejudicada.
Para se ter uma ideia do tamanho da diferença que ele traz para as obras que o utilizam, basta olhar para os números. Cálculos mostram que sua flexibilidade é até 400 vezes maior que a de um concreto convencional.
No entanto, a produção deste material é, até então, muito cara. Simplesmente não valia a pena utilizá-lo, salvo alguns casos mais extremos. Com a pesquisa feita em Swinburne e liderada pelo Dr. Behzad Nematollahi, por outro lado, isso mudou. Mas, o que, exatamente, mudou?
Nova invenção de cientistas permite criar concreto flexível e resistente a terremotos de maneira acessível
Basicamente, o modo de produção. Para criar uma forma mais barata de produzir o concreto flexível, os pesquisadores envolvidos no projeto resolveram olhar para métodos usados no passado e tiveram uma ideia: utilizar cinzas. O uso de cinzas vulcânicas para fazer concreto marcou o modo de trabalho dos engenheiros da Roma Antiga. Não à toa, muitas das estruturas da época estão de pé até hoje.
Desta vez, a ideia é trocar o cimento Portland por cinzas volantes, isto é, um subproduto da queima de carvão em usinas termoelétricas. Como o cimento não é utilizado, não é preciso aquecer o calcário. Com isso, reduz-se o uso de energia em 36%. Consequentemente, a liberação de dióxido de carbono em todo o processo também é menor — 76%.
No final das contas, este novo concreto flexível é mais ecológico que o concreto convencional e mais barato que o concreto flexível que já conhecemos há mais de 30 anos.
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