Entenda o que é a cura do concreto
A cura do concreto são procedimentos realizados para promover a adequada hidratação do cimento e consiste basicamente no controle da temperatura e da perda de água da mistura.
O objetivo é manter o concreto saturado até que os espaços originalmente preenchidos com água na pasta de cimento fresca tenham sido preenchidos por produtos da hidratação do cimento.
Esse processo é fundamental para a qualidade final do concreto, pois a hidratação do cimento só ocorre satisfatoriamente quando a umidade relativa no seu interior é de, no mínimo, 80%.
De acordo com a NBR 14931:2023 – Execução de estruturas de concreto armado, protendido e com fibras, a cura do concreto se divide em duas etapas:
Cura primária: é aplicada durante o lançamento do concreto e o fim de pega do concreto.
Cura secundária: é aplicada a partir do fim de pega do concreto.
Entende-se que a cura primária e secundária não necessitam ser aplicadas em todos os casos.
A importância da cura do concreto
A cura inadequada é responsável por grande parte dos problemas de durabilidade do concreto, especialmente em concreto armado.
Geralmente, o interior de uma peça de concreto não é afetado pela cura, exceto se for um elemento muito delgado. Porém para as regiões mais externas, que estão sujeitas às intempéries, à carbonatação e à abrasão, um processo de cura correto é fundamental na proteção das armaduras contra a corrosão.
O controle da umidade durante o processo de hidratação é relevante não somente por afetar a resistência, mas também porque a perda de água resulta em retração plástica, aumento da permeabilidade e redução da resistência à abrasão.
Vale ressaltar que o efeito da cura inadequada na resistência é maior em concretos com relações água/cimento maiores e também em concretos com menor velocidade de desenvolvimento de resistência.
Qual é a duração da cura?
O período de cura necessário na prática não pode ser prescrito de modo simples: os fatores relevantes incluem a severidade das condições de secagem e os requisitos de durabilidade esperados.
A NBR 14931:2023 especifica que os elementos estruturais de superfície devem ser curados até que atinjam resistência característica à compressão (fck), igual ou maior que 15 MPa. Situações específicas como obras e elementos estruturais especiais devem ser tratadas na fase de projeto.
Conheça os diferentes métodos de cura
O método de cura escolhido depende de vários fatores, como o tipo de estrutura, as condições climáticas, dimensões e requisitos de resistência do concreto.
- Cura úmida: consiste em disponibilizar água que possa ser absorvida pelo concreto. Esse procedimento exige que a superfície do concreto esteja permanentemente em contato com a água por um período de tempo especificado, iniciando assim que a superfície do concreto não esteja mais sujeita a danos.
- Cura térmica: Envolve o uso de calor para acelerar o processo de cura do concreto. Pode ser feita por meio de estufas, vapor ou mantas térmicas.
- Cura química: Utiliza compostos químicos que formam uma barreira para reter a umidade no concreto. Esse método consiste na retenção da água da mistura sem possibilidade de ingresso de água do meio externo. Para criação dessa barreira pode-se usar resinas sintéticas de hidrocarbonetos ou acrílica.
Mas qual método ou técnica de cura deve ser utilizado?
Para concretos com relação água/cimento menor que 0,50, principalmente para aquela com relação água/cimento abaixo de 0,40, deve-se utilizar cura úmida, mas somente se for possível a aplicação integral e contínua. Caso não seja, a membrana de cura é preferível, entretanto, esta também deve ser bem executada. Na indústria de pré-moldados utiliza-se a cura a vapor para acelerar o desenvolvimento da resistência para se obter desmoldagem mais rápida.
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